Nova parceria entre os diretores Nicolas Klotz e Elisabeth Perceval que já tinham feito o comentado:
A Questão Humana. Novamente com temática política eles apresentam agora Low Life.
A Questão Humana. Novamente com temática política eles apresentam agora Low Life.
Filme jovem, mas de uma juventude já um pouco ultrapassada, não sei se por os longos discursos franceses aqui soarem mais afetados do que são de fato, mas o grupo de amigos de vinte e poucos anos compartilhando a vida em repúblicas, universidades, festas e manifestações proclamam palavras de ordem e discursos ideológicos que soam desgastados e ingênuos e por isso não cativam.
E é assim que o filme abre: em longa sequência de jovens conversando e se manifestando, em uma linguagem artística-autoral-documental (imagens quase PB de uma câmera de vídeo bastante ágil, mas sem tanta latitude e textura).
Pela temática, personagens, ritmo, faz lembrar os excelentes Amantes Constantes de Philippe Garrel.
Ou Os Sonhadores de Bertolucci.
(Ou ainda outros menos emblemáticos mas também muito bons como A Bela Junie).
(Ou ainda outros menos emblemáticos mas também muito bons como A Bela Junie).
Entretanto esse longo e cansativo início acaba desgastando o público para o que vem a seguir...
Nas primeiras cenas, em meio a manifestações para que a polícia não evacue um prédio tomado por imigrantes, a jovem francesa Carmen conhece Hussain, um poeta afegão que estuda ali ilegalmente.
Nas primeiras cenas, em meio a manifestações para que a polícia não evacue um prédio tomado por imigrantes, a jovem francesa Carmen conhece Hussain, um poeta afegão que estuda ali ilegalmente.
Os dois começam um romance e a questão se torna bastante complexa: uma relação tomada de paixão, sonhos, ideais, medo, obsessão, ciúmes do ex de Carmen...
Dessa paixão e desse medo vem à tona quase uma loucura de Carmen proibindo Hussain de sair de seu quarto, com medo de uma deportação.
Outras questões e nuances enriquecem esse conflito, que aqui, partindo do pessoal, íntimo, emocional envolvem muito mais e nos levam a questões maiores.
(Quando a abordagem é justamente pelas questões maiores, acaba nos distanciando e quase comprometendo o envolvimento com essa bela história que se segue).
Temática bastante contemporânea e importante, vale o olhar (ainda que nem sempre com tanto frescor) de Klotz e Perceval!
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