quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Histórias que só existem quando lembradas - Júlia Murat


Com um belíssimo título e um universo poético, Júlia Murat estréia em longas de ficção.

Ela retrata uma vila de interior onde vivem poucos senhores e senhoras vivendo em comunidade. 


Eles tem uma rotina simétrica e não se abrem a nada que saia do mecânico - nem alterações do cotidiano, nem nostalgias, que dirá sonhos...



Porém algo muda com a chegada de uma jovem fotógrafa que lança outro olhar para esse lugar, de histórias que só existem quando lembradas.



Entretanto o filme acaba se apoiando no clichê da poesia intimista: os tempos contemplativos, a fotografia com recortes, sombras e penumbras, o som, as personagens silenciosas... 

Tudo está muito construído e se sente a mão da diretora, sem deixar que as histórias e as personagens falem mais alto e sobressaiam.


Fica uma sensação de filme já visto, de uma história que já foi lembrada antes...



E um gostinho de quero mais, dado pelos aromas belamente construídos no filme (naftalina, café, pães, flores...)


Nenhum comentário:

Postar um comentário