Outro diretor desconhecido até então para mim é o cineasta independente Jonas Mekas. Lituano de 88 anos, vive em Nova Iorque há tempos e se destaca ali por seu cinema documental-experimental, nessa Mostra apresentou uma interessante premissa:
Registrar suas andanças noturnas, que demonstram sua busca por coisas bonitas antes de dormir...
Nesses registros conversas, festas, bares, restaurantes... Amigos e personalidades como Yoko Ohno, Björk, Louis Garrell, entre tantos outros...
Os diálogos super realistas são muitas vezes interessantes... Por suas temáticas, por sua simplicidade ou até por estarem desconexos.
Entretanto o filme para mim se excede em sua "despretensão" artística... O desejo documental que coloca os fragmentos acima de tudo, para mim resulta em uma pequena colcha de retalhos incômoda.
A câmera é excessivamente despreocupada com aquilo que registra: não há foco, não há enquadre, não há cortes, não há edição de som... Ao menos nada disso se vê... (Claro que em não haver já há uma existência e nisso grandes complexidades e paradoxos, mas...)
Para mim acabam resultando em um filme tão descuidado, que me dá mais vontade de ir ler um livro, assistir a alguma entrevista das personagens que participam ali ou simplesmente buscar minhas próprias considerações sobre os tantos assuntos abordados...
Vi comparações desse filme com realities shows, porém com pessoas e assuntos interessantes, mas para mim, sem interesse em realities e em busca de experiências cinematográficas, a forma desenquadra o conteúdo, literalmente...
Talvez valha uma nova tentativa, pois a primeira foi reprovável.
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