Filha mais jovem de um dos principais cineastas iranianos da atualidade, Mohsen Makhmalbaf, Hana apresenta em Dias Verdes seus sentimentos de paixão e rebeldia juvenis em meio a um país em difícil situação.
As dezenas de filmes confiscados, as centenas de artistas presos, os milhares de cidadãos reprimidos e massacrados... (ilustrado por outro destaque da Mostra: Isto não é um filme, de Panahi, em breve em cartaz em SP).
Dias Verdes documenta o processo de campanha e apuração das últimas eleições no Irã, em 2009, na qual, após a derrota, Ahmadinejad aplicou um golpe de estado para se manter no poder, onde segue a custa de muita violência e vidas de inocentes (como o próprio filme mostra).
Hana Makhmalbaf (foto) registra cenas de pessoas nas ruas, no seu cotidiano, em manifestações e se coloca em meio a essa realidade: dá seus depoimentos, mostra seu universo artístico com um grupo de teatro, revela o processo de seu filme e de seus sentimentos...
Como já disse, a Mostra não é só uma janela para novas histórias e linguagens, mas também para conhecimento de outros lugares, outras geografias, outras histórias, outros pontos de vista...
Alguns muito necessários. Como este.
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