Que premissa bonita a de tratar do Mundo Invisível e que grande iniciativa do saudoso Cakoff.
Grandes diretores em suas passagens pela Mostra Internacional de São Paulo retratando o tema, explorando sua criatividade na liberdade da abstração do que poderia ser o mundo invisível.
Curtas bem interessantes e por vezes bonitos e tocantes. Entretanto, quando apresentados como um longa, parecem simplórios demais.
O filme abre com uma cena de Manoel de Oliveira bastante interessante: discussão sobre a comunicação na atualidade (exemplificado pelo celular).
Se segue outra cena, agora documental, de Jerzy Stuhr. Colocada como uma homenagem tem uma intenção bonita, mas que não é muito desenvolvida.
Na sequência uma experimentação de Guy Maddin, que pra quem conhece seus filmes, também parece aquém...
Recortes de Gian Vittorio Baldi para contar sobre a intenção de Pasolini de filmar em São Paulo, por exemplo, em Heliópolis.
Uma reportagem-manifesto-videoarte de Marco Bechis sobre indígenas na região do Trianon.
Uma tocante reportagem de Win Wenders sobre o trabalho da Santa Casa com crianças com visão limitada.
Um curta simpático de Maria de Medeiros.
Um clipe de Theo Angelopoulos sobre grafites paulistanos.
E, para fechar, primeiro um documentário de Atom Egoyam sobre (e com) Cakoff, com momentos bastante filosóficos e poéticos, porém contrastados com narrações mais de reportagem autoral, que ganham valor pelo calor do momento do luto por Cakoff.
E em seguida o trabalho de Laís Bodanski, que também se parece uma reportagem (de tema profundo e interessante), relacionando esse mundo invisível com a meditação, a religiosidade e a criação.
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