sexta-feira, 12 de março de 2010

Ver o El Secreto de Sus Ojos de Campanella, vencedor do oscar de melhor filme estrangeiro 2010, também me fez pensar no quanto La Teta Asustada é um filme especial (que merecia o prêmio, além do urso de ouro de Berlim).

Com um vigor de histórias singelas e profundas de povos marginais, numa narrativa cheia de força e um pouco desequilibrada, mas que parece dizer muito mais ao mundo do que uma novela não tão boa de Campanella...
Me pergunto se foi uma dedicação tardia pelo Filho da Noiva, esse sim merecedor!


La Teta Asustada é o primeiro longa da peruana Claudia Llosa e vem cheio de desejo de dialogar com suas origens (de povos indígenas outrora massacrados e oprimidos)


em uma narrativa super intimista de uma garota vivendo a descoberta de sua sexualidade e sua crise de identidade (a perda de sua avó, com quem mantinha um vínculo profundo e que era um ser que ainda se mantinha totalmente fiel às origens e a histórias sofridas de quando mulheres vítimas de agressões ao amamentar seus filhos transmitiam seu medo... tetas assustadas).


O filme acaba sendo um pouco longo, se desequilibra em tudo que quer contar, mas me interessa muito mais exatamente por esses excessos... Excesso do que me fazer ouvir...


Mas que agradeço profundamente...
Pela cultura, profundidade, delicadeza e poesia...

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