Os irmãos belgas Jean-Pierre e Luc Dardenne têm apresentado um cinema sólido e antenado com problemas político, sociais e suas implicações psicológicas.

Em Dois dias, uma noite, a narrativa é ainda mais direta, sem qualquer situação paralela, o filme fala do conflito de uma mulher que tem seu emprego ameaçado e sua busca para mantê-lo.
O filme não tem qualquer rebuscamento, traz cruamente as situações vividas por Sandra: o recebimento da notícia em que uma votação seus colegas preferiram receber bônus do que mantê-la na equipe e o que é gerado a partir daí.
O esforço de alguns para tentar refazer a votação e mudar a opinião dos demais e a contagem regressiva dos dois dias e uma noite em que Sandra tenta conversar com seus colegas.
Sandra, brilhantemente vivida por Marion Cotillard (conhecida por trabalhos como Ferrugem e Osso, também comentado aqui) fraqueja nos momentos de dificuldade, mas tira forças do âmago (e de anti-depressivos) para enfrentar os embates com os colegas.
Ela sabe que o recebimento de mil euros é importante para eles, mas tenta fazer com que eles levem em consideração a possibilidade dela ficar desempregada.





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