Ver filmes de lugares distantes é uma maneira de conhecer outras culturas e viajar por elas.

De exemplos de simplicidade a profundidade, singelos ou filosóficos, sobre o universo das crianças ou da ditadura, sobre o machismo ou sobre a solidariedade, em geral são experiências muito ricas.
Talvez essa expectativa de ver um filme iraniano dentro da Mostra internacional de Cinema não tenha ajudado a experiência de ver Ghashang & Farang de Vadih Mousaaian.
Um filme sobre questões familiares (separações, adoecimentos, brigas, mortes, reconciliações). Mas feito em uma linguagem pobre, extremamente novelística, cheia de clichês (diálogos, trilhas sonoras, resoluções). Bem diferente do cinema de Bergman, homenageado em citações e trechos pelo protagonista do filme.
Um Irã diferente, de uma classe média sem problemas financeiros ou sociais, mas com questões humanas: afetivas, psicológicas...
Em cenários distintos do que costumamos ver: outros mobiliários, comidas, referências... Porém sem um tratamento com nenhum diferencial ou profundidade.

Talvez em outro contexto e janela o filme encaixasse melhor, neste caso só pode decepcionar.
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