
Como diretor começou com curtas nos anos 80 e, a partir dos anos 90, estreia na direção de longas.
Baseado em fatos reais, de monges católicos que viviam em região conflituosa na Argélia e se veem em meio a conflitos políticos e religiosos, no meio de um fogo cruzado entre fanáticos muçulmanos, guerrilheiros, soldados do exército...
A questão do filme é o posicionamento desses monges, seus princípios (e não restritamente religiosos, ou: religiosos mas da maneira mais abrangente e profunda possível).
Valores de solidariedade, justiça, compaixão, piedade, tolerância, respeito, generosidade... E que aproximam suas ações religiosas de ações políticas e sociais.
Além de serem monges, são homens, com todas suas fraquezas e dúvidas, que buscam uma maior harmonia com o mundo, que se conectam - ou se re-ligam - com a paisagem do local, a natureza, as pessoas, suas dores, suas crenças, sua humildade...

Belo roteiro, excelente elenco, bonito e simples tratamento de som e imagem.


jovem monge e a fugitiva do vilarejo.
Faz lembrar também das angústias passadas por Frei Tito em Batismo de Sangue, de Helvécio Ratton, embora com um tom mais terreno e verborrágico, que não marca pelo tom mais transcendente almejado ao final, mas pelos momentos mais reais e audíveis.
Homens e Deuses, ao contrário, ecoa por seu silêncio, como uma prece de duas horas que nos faz refletir profundamente sobre nossos desejos, nosso olhar ao próximo, nossos sonhos, metas, crenças.
Nenhum comentário:
Postar um comentário