Após o original e instigante Canino (já comentado aqui), e sua participação no irreverente Attenberg (também comentado aqui) o diretor, roteirista e ator Giorgos Lanthimos apresenta Alpes.
Filme estranho, com personagens esquisitas em situações aparentemente irreais, mas que estão muito mais próximas da realidade do que nos damos conta: a impessoalidade, a "maquinização" do ser humano, a violência.
Violência que pode estar em espancamentos, mas também em silêncios; maquinização que pode estar em uma máquina de oxigênio ou na repressão da espontaneidade da dança...
Lanthimos explora bastante a linguagem para trazer imagens que possam traduzir sentimentos e sensações. Narrativas para expressar a opressão, a solidão, a angústia...
Como em uma das tramas do filme em que uma moça se oferece para substituir a filha recém morta de um casal.
Lanthimos desponta como um jovem diretor inquieto e criativo capaz de nos perturbar e instigar profundamente.
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