Roteirista experiente, Nikolaj Arcel há dez anos se arrisca na direção e acertou à frente de seu último longa aproveitando para contar uma passagem importante de seu país, Dinamarca, em O Amante da Rainha.
Conhecemos os filmes dinamarqueses mais por sua ousadia e experimentalismo, vistos através das figuras "dogmáticas" de Lars Von Trier, Vinterberg, Susanne Bier, entre outros...
Aqui a ousadia está no personagem retratado... A figura que levou o iluminismo à Dinamarca, o médico alemão Johann Friedrich Struensee.
Explora bem elementos românticos, políticos, sociais... Apresenta o mocinho, a mocinha, o mentor, o vilão e todas as figuras necessárias para um bom drama.
O rei com problemas psicológicos que precisa de orientação médica para exercer seu papel de rei e encontrar um interlocutor/tutor com potencial para instaurar mudanças radicais no país.
Além de mudanças radicais no núcleo familiar... (Afinal, o título do filme não deixa suspenses).
As figuras são interpretadas por rostos conhecidos como Mads Mikkelsen (Corações Livres, Depois do Casamento, A Caça - já comentado aqui...);
E Trine Dyrholm (Festa de Família, Em um Mundo Melhor - já comentado aqui...), enriquecendo todo o elenco que está muito bem.
Dos experientes aos jovens Mikkel Boe Folsgaard e Alicia Vikander.
Bom também o trabalho técnico de direção de arte, fotografia, som...
Mas chama mais atenção sobre o filme seu valor histórico, para conhecermos mais de um passado recente que libertou um dos países mais ricos e desenvolvidos do mundo de certo obscurantismo.
Ponto a Arcel pelo filme e pela iniciativa!
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