O diretor catalão Marc Recha se encanta com temas da infância e apresenta isso em seu filme mais recente Um dia perfeito pra voar.
Marc constrói uma narrativa simples, pautada em inspirações biográficas (tanto que ele e seu filho atuam no filme, quase que numa homenagem de sua relação): um menino interagindo com um homem em uma montanha próxima a Barcelona.
Uma tarde se passa com o homem lhe ensinando a empinar uma pipa e lhe contando histórias e fábulas.
Durante essa interação o menino revela o universo lúdico, investigativo e imaginativo das crianças, um dos maiores méritos do filme.
Lembra bastante Ponette de Jacques Doillon - com comentários aqui, tanto pela abordagem com a criança quanto pela temática de imaginação e perda na infância, mas sem a força dramática espetacular que Doillon atinge.
Recha faz uma construção mais prosaica, que no início encanta, mas se desgasta e acaba não decolando.
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