O argentino Lisandro Alonso tem um bom argumento, lindas paisagens e um grande nome para protagonizar seu filme, mas faz de Jauja um filme confuso e cansativo.
Viggo Motersen vive um engenheiro dinamarquês que vai trabalhar na Patagônia e traz consigo a filha adolescente.
As relações do patrão gringo e dos nativos demonstra algumas tensões que se intensificam com os desejos despertados por sua filha.
O pai começa a ter cautela, mas aí já se revela a paixão que a garota vive com um rapaz e que a faz fugir.
Quando o pai descobre, vai atrás da filha e aí o filme adquire outro tom.
Essa busca não será apenas a trajetória em direção a um encontro real, mas metafísico, envolvendo diferentes tempos e espaços.
A narrativa se confunde com uma fantasia ou um sonho. A garota vive mesmo na Patagônia ou esteve o tempo todo na Dinamarca?
Assim como a Alice de Lewis Carroll há um espelhamento de acontecimentos e personagens em dois mundos, porém esses fatos e alusões não trazem tantos questionamentos e reflexões e se perdem em uma narrativa arrastada e de intenções nebulosas.
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