Diferente o Japão que a diretora Naomi Kawase nos apresenta. Faz lembrar mais filmes de outras culturas orientais como a do filipino Apichatpong e seu Tio Boonme - já comentado aqui.
Tanto pelo cenário praiano, visto com menos frequência em filmes japoneses, como pelas personagens espontâneas e sensoriais.
Naomi traz em O Segredo das Águas mais do que segredos, mas mistérios. Num filme cheio de símbolos vemos rituais de amadurecimento e morte e nos encantamos com a beleza e poesia dos sons e imagens.
O tratamento intimista que faz de suas personagens é bastante envolvente, em especial da garota vivida por Jun Yoshinaga, que encanta por seu rosto carismático, sua linda voz e suas ações.
É ela a personagem central da história, tanto por se relacionar com sua mãe que adoece quanto por seu despertar de mulher e de paixão.
Filme interessante pelos elementos diferentes que trabalha, entretanto que peca por certo excesso.
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