Uma grande oportunidade de ter um aperitivo do cinema da Geórgia, com o filme de George Ovashvili A Ilha dos Milharais.
História singela em linguagem igualmente simples provando que "menos" pode ser "mais".
Um senhor chega em uma ilhota e começa a construir sua vida ali, uma vida do zero e no meio do nada:
constrói um abrigo, leva sua neta, ergue uma casa, uma plantação, um teto e um sustento.
Mas é possível viver em paz tão "ilhado"?
O que pode emergir desse local que vai se mostrando cercado por uma guerra entre a Geórgia e a República separatista da Abecásia?
O que pode emergir de um senhor com coração humano que acolhe fugitivos e não sabe lidar com a neta que cresce e começa a virar mulher?
(Aqui lembrando o belo filme de Walter Lima Jr A Ostra e o Vento a dificuldade de um senhor em lidar com o vir a ser mulher).
A vida e a natureza se fazem mais imperativas, não vemos emergir nada com a humanidade desse senhor, submergem seus sonhos e se finaliza triste e melancólico, mas em um filme que emociona mergulhado em poesia.
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