segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Lola - Brillante Mendoza


Não conhecia nenhum filme de Brillante Mendoza, mas sua força e narrativa é de quem tem histórias pra contar. Com onze títulos em sua filmografia (do imdb, pelo menos), pude conferir o mais recente: Lola.


Passado na não muito conhecida região das Filipinas, está ali retratada a pobreza, a humildade, a simplicidade.



E neste caso colocadas a partir do ponto de vista de duas senhoras, que parecem figuras ainda mais fragilizadas no cenário: não sabem ler, só falam seu dialeto, não entendem as motivações e comportamento de seus netos, mas nem por isso se abatem, essas duas senhoras, duas avós, passam o filme inteiro lutando por seus netos, numa dedicação comovente.


Entretanto o filme não é muito envolvente, não explora a emoção nem qualquer sentimentalidade, é árido, seco, pobre.


O registro é quase documental: em longos planos sequência numa câmera de vídeo feita na mão. Imagem pobre, cenários pobres, pouca trilha, poucos cortes... 


Um filme quase desagradável, pois no põe à frente de um drama profundo e sem dourar a pílula, a pílula é bem amarga, raspa na garganta e se faz sentir na boca do estômago.


Muito interessante conhecer outras geografias, outros costumes, outras línguas e a universalidade da pobreza e do amor de vó.
Confira o trailer!

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