Primeiro filme que vejo da dupla Gustave de Kerven e Benoît Delépine, mas foi uma agradável apresentação.
Não se trata de nenhum filme profundo, surpreendente ou inovador, mas até por isso... Em tempos de filmes tão pretensiosos (alguns geniais, é verdade), é bom ver algum filme mais simples...
Gerard Depardieu encarna o Mamute (em alma e muitos quilos): é um homem que recebe sua aposentadoria do último trabalho que fazia em um açougue e a partir daí se vê um pouco perdido.
Sua mulher, vivida por Yolande Moreau (conhecida pelos filmes de Jean Pierre Jeneut) se irrita com sua prostração e tenta orientar suas tarefas (com muito mau humor).
Em princípio o Mamute se sai mal em todas as tarefas que tenta realizar, mas quando ele tem que sair em viagem em busca de documentos dos lugares onde trabalhou em sua juventude, o filme se torna um road movie de conhecimento pessoal...
Me lembra um pouco Flores Partidas de Jim Jarmusch, onde Bill Murray também busca descobertas de sua vida e se depara com personagens excêntricas...
E nessas excentricidades bastante sabor no filme: a sobrinha do Mamute com certo romantismo hippie, diversos ex-patrões de simpáticos, a escrotos ou companheiros, e o fantasma de uma antiga paixão de Mamute, que descobrimos ser um de seus grandes traumas...
O fantasma é vivido por Isabelle Adjani, que com maquiagens e angulações se vê conservada em sua beleza da juventude.
(De quando ela inclusive contracenou com Depardieu em um de seus melhores filmes - Camille Claudel).
E o filme termina com reencontros e superações, sem alardes, mas de maneira harmônica e realmente singela...
Valeu a sessão da tarde! Confira no trailer!
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