E já que falei das Filipinas e da Tailândia, acabei lembrando do Vietnã e do clássico Apocalipse Now do mestre Francis Ford Coppola.
Cenário tropical bem semelhante, mas sem qualquer presença do ponto de vista oriental da região...
Na verdade o olhar do filme é em grande parte o olhar de estranhamento dos americanos em relação aos vietnamitas, seus costumes, sua força, suas motivações... Estranhamento de ve-los resistir, estranhamento talvez inconformado pela derrota (não admitida) da guerra.
Mas sem dúvida que o filme vai além, fala de certo vazio existencial, e nesse sentido o confronto com a cultura e filosofia oriental enriquecem as reflexões...
Passar por situações intensas (de guerra ou do que quer que seja), pode ser um caminho sem volta, a "harmonia" nunca mais será a mesma... o desejo pela adrenalina, por saber os objetivos, sentir a busca, a luta, etc pode ser muito motivadores e "perder" isso...
Mérito da direção em foto deslumbrante, som impecável, atores precisos (em especial Martin Scheen e Marlon Brando)... Sem falar nos cenários - naturais e/ou decorados...
Apocalipses agora que podem gerar melancolias... (ou "melancholias", para já antecipar o próximo post...).
Coppola não é entre os grandes diretores o que mais me toca e me inspira, mas seus filmes certamente permanecem... Suas imagens e personagens instigantes, diferentes, criativas, emblemáticas nos envolvem...
E o que dizer de filmes irretocáveis como O Poderoso Chefão... Ou mesmo seu último, Tetro, que para mim tem diversos momentos irregulares, mas há uma força em seus personagens, uma elegância em sua direção, uma profundidade nas sugestões de seu drama...
E que venham muitos outros! Novos embates apocalípticos e dramas profundos... (como Twixt, que está a caminho...)
Nenhum comentário:
Postar um comentário