A brasileira Estela Renner escolheu um tema interessantíssimo para sua investigação: O Começo da Vida.
Para isso fez dezenas de entrevistas com diferentes profissionais em diversos países, mas qual foi exatamente o propósito?
Não há um conflito em sua premissa, não há uma dúvida específica a ser explorada e daí o que poderia ser um dos grandes méritos do filme (não se fechar em respostas óbvias e rasas) se torna também seu ponto de desequilíbrio.
Vários temas passam pelo filme: formação biológica, deficiência, nutrição, hábitos, aprendizado, pedagogia, cultura, criação, mater/paternidade gay, desigualdade social etc.
Gestação, parto, amamentação, aprender a andar, aprender a falar, começar a brincar, lidar com amor, com a raiva, o ciúmes, o limite, o conflito entre a dependência e a independência, tudo é pincelado ali.
Talvez editado como uma série, em capítulos que dialogassem e que fossem dando esse complexo panorama do início de nossas existências e os legados transmitidos gerações a gerações todo esse conteúdo pudesse brilhar mais.
A narrativa acaba despertando interesses, tendo diversos momentos de encantamento (o tema e os personagens mirins são realmente sedutores), sendo muito promissor, mas se ofuscando pelo seu excesso de elementos.
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