O jovem diretor russo Ivan Tverdovskiy faz sua estréia com um filme muito interessante: Zoology.
Numa condução realista, Ivan conta a história de Natasha, uma senhora que começa a desenvolver uma calda.
Essa forma realista de abordar algo anti-natural é um dos principais méritos e uma das questões mais instigantes do filme. Faz lembrar o curta brasileiro de Juliana Rojas e Marco Dutra Um Ramo, já citado aqui.
Em Zoology, Natasha tenta seguir sua vida normalmente, mas se preocupa e procura médicos. Ninguém consegue lhe dar uma explicação ou uma solução para o seu problema e ela vai ficando mais e mais angustiada.
Ao mesmo tempo essa mesma cauda provoca atração de um enfermeiro, que de certa forma a liberta de todas suas repressões e contenções.
Seu lado "animal" vem verdadeiramente para fora e a transformação externa passa a ser também interna.
O filme toca nos temas da sexualidade, feminilidade, liberdade, expressão, envelhecimento, rigidez, espontaneidade... E nos faz adentrar em uma narrativa exótica, bonita, profunda e delicada.
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