O cinema islandês vem ganhando força com uma geração ativa, assim como Dagur Kári, de Desajustados, já comentado aqui, Grímur parte de um conflito simples e o constrói com simplicidade, delicadeza e competência.
Ovelha Negra conta a história de dois irmãos que vivem brigados sem se falar mas que se unem para tentar salvar o rebanho de ovelhas da família (uma espécie de herança e de honra).
Essa parceria velada, cheia de sentimentos implícitos e interessantemente não explicados, vai adensando a trama.
Faz lembrar o singelo e doce Uma História Real de David Lynch, embora com final menos ameno e em uma paisagem deslumbrante e menos conhecida.
Aqui, no país em que a população de ovelhas é maior que a de pessoas, é bonito ver a relação das pessoas com os animais.
E a importância cultural, familiar, histórica e de afeto entre as pessoas e os bichos.
O filme nos comove e chega ao ápice na sequência final em meio a uma tempestade de neve, onde o calor entre as pessoas se mostra imprescindível.
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