O documentarista chileno Patricio Guzmán juntou diversos interesses seus em um único filme. Nostalgia da Luz fala sobre estrelas, ditadura, memória...
Assuntos de profundidade incalculável, por isso a abordagem etérea de Guzmán.
Depoimentos muito interessantes e bons argumentos, porém o discurso oscila... Entre a profundidade, contundência, poesia, mas também em certa imprecisão...
Nem sempre os assuntos se conectam naturalmente e às vezes as relações por vezes tão bonita, em outras flui menos.
A importância da matéria, daquilo que é intocável como as estrelas e daquilo que parece estar para sempre desaparecido.
A dor do desaparecimento, essa morte que não se define e que angustia os que ficam (tema difícil de narrar, como podemos ver por exemplo em depoimentos na Comissão da Verdade, ou no belo Vala Comum de João Godoy, que se pode ver na internet).
Nostalgia da Luz é um bom título então para esse filme de tema intraduzível em palavras e de bom uso das poeiras (do deserto do Atacama ou do cosmos) para sua narrativa.
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