O filme islandês Desajustados de Dagur Kári tem uma sinopse não tão original: homem tímido, com visual fora de padrão, vive uma vida pacata e acanhada de imaturidade e bullying, até que se apaixona e tenta viver novos desafios.
Entretanto a história não se constrói de maneira direta e chapada, seu diferencial está no roteiro e direção que primam pelos detalhes e delicadeza.
E também pelas sequências realistas e não romanceadas, como é mais comum de se ver.
Somos apresentados a sensações, sentimentos e desejos com uma sutileza cheia de emoção.
O protagonista Fúsi nos constrange e nos conquista aos poucos e vamos torcendo por ele a cada palavra proferida, a cada passo dado.
E nossa catárse não vem com sua vitória absoluta, mas com pequenas mudanças genuinamente possíveis em nosso dia-a-dia e por isso ainda mais tocantes e envolventes.
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