Em Cortinas Fechadas seguimos acompanhando o drama do cineasta iraniano Jafar Panahi em sua prisão domiciliar e as maneiras que encontra para burlar a proibição que tem de fazer filmes por vinte anos (!).
Após o registro de Isto não é um filme - já comentado aqui. Panahi amplifica suas questões e torna a trama mais complexa.
Não sabemos se as personagens presentes funcionam apenas como seus parceiros e interlocutores mas se podem ser vistos também como heterônimos dele próprio.
Embates entre seu lado que quer continuar a qualquer custo ou que quer desistir e mesmo se matar.
Como cinema novamente faltam recursos, como discurso documental não há muita novidade em relação ao anterior, o que temos além é a dimensão filosófica dessa proibição de Panahi trabalhar.
Sua criatividade tolhida, sua falta de liberdade, especialmente a de expressão.
Sua criatividade tolhida, sua falta de liberdade, especialmente a de expressão.
Gritos presos na garganta. Cálices para serem afastados. E cortinas esperando serem abertas!!!
Nenhum comentário:
Postar um comentário