Terceiro filme de uma série de Cédric Klapish iniciada com o belo e divertido filme juvenil O Albergue Espanhol, seguido do fraco Bonecas Russas e completado agora com O Enigma Chinês.
Klapish mais uma vez não tem medo de fazer um filme pop e agradável e mesmo sem aprofundar temas profundos como o amor, a paixão, a paternidade, adoção, homossexualidade, imigração ou a fidelidade, faz um interessante mosaico com seu enigma.
O jovem Xavier, vivido pelo múltiplo e atuante Romain Duris, que no primeiro filme vimos vivendo um momento de descobertas com o intercâmbio de faculdade e a vida numa república de múltiplas nacionalidades e culturas e também a crise do fim de seu primeiro amor;
E já no segundo sofreu para se iniciar na vida adulta.
Agora Xavier já é adulto: carreira, casamento, filhos... Mas nada segue tão sério e definitivo, ainda há dúvidas sobre quem é seu verdadeiro amor, como sobreviver, quais suas ambições artísticas, como interagir com tantas pessoas, culturas, países...
Os coadjuvantes seguem ali (antes menos conhecidos, com exceção de Audrey Tautou, e agora atores vistos em diversas produções como Kelly Reilly, vista em Sherlock Homes, por exemplo e Cécile De France, vista em Além da Vida, também comentado aqui).
Como no primeiro filme, os coadjuvantes compõe o mosaico e as peças do jogo e trazem uma diversidade bastante enriquecedora: outros pontos de vista sobre as questões do filme.
E os cenários que no primeiro filme variavam entre Paris e Barcelona, com acréscimos de Londres e Rússia no segundo e agora cruzam o oceano e chegam em Nova Iorque.
O acompanhamento da história em capítulos também tem uma graça de poder nos aproximarmos cada vez mais dos personagens e podermos preencher lacunas.
Um pouco como faz Richard Linklater na série Antes do Amanhecer / Pôr do Sol / Meia-noite, já comentados aqui.
E a linguagem leve e envolvente, com direito a grafismos, clipes e piadas, nos faz acompanhar com grande prazer essa espécie de comédia romântica.
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