Quando esteve em cartaz, O lado bom da vida, de David O. Russell foi superestimado, concorreu a oito estatuetas do Oscar e levou a de melhor atriz.
Muitos quiseram vendê-lo como interessante, de tema profundo, boa execução etc.
Longe disso.
O filme é uma comédia romântica e dentro desse gênero, aí sim, é muito bem feito e se destaca!
O romance entre Pat e Tiffany é interessante e envolvente. Pode encantar aos românticos e divertir aos ávidos por comédia.
O casal de protagonistas não é banal, óbvio ou clichê, ambos são "fora da casinha" e dentro desse universo apresentam um pouco de seus distúrbios, fazem uma certa defesa de que não julguemos as pessoas à primeira vista - o que sempre é positivo.
(Embora também com um quê moralista que dá aquele ar de mensagem ao final do conto de fadas de "moral da história")
E fica mais fácil com atores bastante carismáticos e talentosos (não para estatuetas, mas...) como Bradley Cooper, o grande coadjuvante Robert De Niro e a laureada Jeniffer Lawrence (que ganhou destaque após protagonizar O Inverno da Alma - já comentado aqui).
Cativados pelo elenco e pelo diálogo dinâmico e divertido somos passo a passo absorvidos pelos distúrbios dos protagonistas e por seus dramas.
Mas após sermos tragados nada mais se aprofunda, apenas a aproximação entre os dois - através de ensaios para um concurso de dança - e o percurso rumo ao final feliz.
Uma boa sessão da tarde, que não chega ao nível de filmes como os ótimos Love is all you need, e Medianeras, os simpáticos franceses Mamute, Além do Arco-íris, Camille outra vez e Românticos Anônimos.
Ou os compatriotas de Russel: Meia-noite em Paris, Alta Fidelidade e Quase Famosos (quase todos linkados com seus respectivos comentários, para lembrar, basta clicar nos títulos).
Mas faz lembrar outras comédias românticas que saem do roteiro básico e divertem como o clássico O casamento do meu melhor amigo ou Melhor é impossível.
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