O roteirista e diretor israelense Ari Folman vem sempre experimentando linguagens e propondo discussões interessantes... Foi assim com o excelente filme Valsa com Bashir - já comentado aqui.
Ou a série de grande sucesso Em Terapia, com diversas versões ao redor do mundo, como a ótima americana e também a interessante brasileira - Sessão de Terapia, de Selton Mello.
Entretanto, em seu novo trabalho, O Congresso Futurista, Folman se perde.
Inspirado pela obra do polonês Stanislaw Lem, Folman quis trazer questões de nosso futuro: a realidade virtual, a aparência X essência, a busca pela eterna juventude etc.
Até faz lembrar filmes como o clássico Blade Runner, o primeiro Matrix, o recente Her - também comentado aqui.
Ou mesmo a animação Viagem de Chihiro do ótimo animador japonês Hayao Miyazaki.
A premissa aqui é bem interessante: uma atriz de meia idade praticamente fora do mercado que recebe uma proposta de vender sua imagem para virar matéria-prima de filmes feitos com sua imagem modelada (e não mais com sua real atuação).
As duras cartas do mercado hollywoodiano X as crises pessoais dessa mulher.
Mas quais são essas crises?
O filme desenvolve pouco e investe mais em discursos sobre a realidade virtual e as relações (ou não relações) das pessoas.
Conflitos confusos, falta de carisma das personagens e falta de traços bonitos da animação (o que talvez seja de opinião bem pessoal) contribuem para que o filme não cative. Ao contrário cansa e entedia.
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