segunda-feira, 21 de abril de 2014

O Congresso Futurista (The Congress) - Ari Folman


O roteirista e diretor israelense Ari Folman vem sempre experimentando linguagens e propondo discussões interessantes... Foi assim com o excelente filme Valsa com Bashir - já comentado aqui.


Ou a série de grande sucesso Em Terapia, com diversas versões ao redor do mundo, como a ótima americana e também a interessante brasileira - Sessão de Terapia, de Selton Mello.



Entretanto, em seu novo trabalho, O Congresso Futurista, Folman se perde.

Inspirado pela obra do polonês Stanislaw Lem, Folman quis trazer questões de nosso futuro: a realidade virtual, a aparência X essência, a busca pela eterna juventude etc.

Até faz lembrar filmes como o clássico Blade Runner, o primeiro Matrix, o recente Her - também comentado aqui.

Ou mesmo a animação Viagem de Chihiro do ótimo animador japonês Hayao Miyazaki.

A premissa aqui é bem interessante: uma atriz de meia idade praticamente fora do mercado que recebe uma proposta de vender sua imagem para virar matéria-prima de filmes feitos com sua imagem modelada (e não mais com sua real atuação).


As duras cartas do mercado hollywoodiano X as crises pessoais dessa mulher.


Mas quais são essas crises?

O filme desenvolve pouco e investe mais em discursos sobre a realidade virtual e as relações (ou não relações) das pessoas.

Conflitos confusos, falta de carisma das personagens e falta de traços bonitos da animação (o que talvez seja de opinião bem pessoal) contribuem para que o filme não cative. Ao contrário cansa e entedia.

O Congresso Futurista acaba resultando num filme longo, confuso e sem charme, talvez perdido na fantasia, afinal, em documentários e em ficções mais realistas o talento de Folman está comprovado... Então, que venham novas obras!

Nenhum comentário:

Postar um comentário