Experiente roteirista e diretor de alguns curtas, séries e longas, Noah Baumbach vem se despontando no cinema "independente" americano.
Longe de parecer tão alternativo quanto os americanos colocam, mas num trabalho com frescor e criatividade.
Um dos méritos de Baumbach é a maneira como trabalha seus dramas, valorizando detalhes do cotidiano e construindo minúcias dos personagens.
Foi assim em Lula e a Baleia, no qual trabalhou muito bem o tema da separação: o lado da mulher, do homem e dos dois filhos. Desde as questões universais até questões mais íntimas e singelas, tornando as cenas de dia-a-dia ricas e tridimensionais.
Agora Baumbach segue na parceria com a atriz e roteirista Greta Gerwig para contar a história de Frances Ha...
Uma jovem que tenta lutar contra a adultescência para se encontrar, compartilhando seus receios, pensamentos e momentos de lazer com os amigos, em especial com a roomate Sophie.
Uma jovem que tenta lutar contra a adultescência para se encontrar, compartilhando seus receios, pensamentos e momentos de lazer com os amigos, em especial com a roomate Sophie.
É com ela que Frances divide as observações curiosas e espontâneas sobre a vida (modo de ser das pessoas, desejos, anseios, dúvidas, medos).
E é por causa dela que Frances vive algumas crises, como a de ver Sophie sair de casa e ir morar com o namorado, adotando uma vida que elas questionavam antes em sua parceria.
Frances é dançarina e vai bailando em sua vida, tentando passos aqui e ali, tropeçando (às vezes literalmente), fazendo giros pelas ruas de Nova Iorque.
E também se preparando para pulos mais ousados: escolher uma vida de gente grande na qual ela se encaixe (que concilie as ambições artísticas e a necessidade do dia-a-dia).
Baumbach dá espaço para sua personagem, não tem medo dos gestos estranhos e de diálogos "vazios" e banais e com isso conquista o público.
Tampouco faz grandes experimentações já que concatena todas as cenas algumas vezes inclusive forçando coincidências e paralelismos na história.
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