Como variar entre romances e contos, ver curtas-metragens nos dá outro contato com o cinema.
São narrativas que quando bem feitas funcionam maravilhosamente como piadas, como poesia ou mesmo como aperitivo de um drama mais denso.
Uma especificidade desse formato é que acaba sendo um espaço de aprendizado e experimentação e por isso é feito na maioria das vezes por estudantes ou iniciantes e é comum vermos falhas e desequílibrios de pessoas inexperientes.
Esse ano o Festival Internacional de Curtas SP trouxe filmes de experimentação como 5 metros e 80 de Nicolas Deveaux ou o ótimo exemplo brasileiro Malária, de Edson Oda.
E também filmes que soam mais banais, como o exemplo da abertura do festival: Calcutta Taxi, de Vikram Dasgupta.
Exceção nessa sessão foi o maduro Walking the Dogs de Jeremy Brock, roteirista de O Último Rei da Escócia e estrelado por Emma Thompson.
Mas ao longo do festival sem dúvida que sempre pudemos nos deparar com excelentes surpresas...
A edição de 2013 trouxe filmes de cineastas que começam a ser conhecidos por seus "pequenos" filmes, como Thais Fujinaga e Roney Freitas - já comentados aqui.
Outros já comentados por aqui foram Fernanda Chicolet e Cainan Baladez (também já comentados por aqui) que esse ano estrearam Colostro: um thriler psicológico denso e intenso que apresenta personagens e nos deixa instigados a aprofundar e completar a história.
História que também lança conflitos densos com desdobramentos além filme é Sobre Chás e Vinhos de Lucas Barão.
As histórias curtas tendem a se reconfigurar com os novos meios de produção (facilidade de acesso a câmeras e ilhas de edição) e com os novos veículos de exibição (youtube, vimeo etc). Por aí podemos nos deparar com filmes interessantíssimos e é um desafio da curadoria de um festival acompanhar essa evolução.
Nosso principal festival de curtas parece seguir forte nesse rumo. E que assim seja!
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