Autor de verdadeiras obras-primas cinematográficas, o italiano Bernardo Bertolucci é um diretor que merece ser visto e revisto em toda sua filmografia. Seja em exemplos mais recentes como Beleza Roubada, Assédio e
Os Sonhadores;
Os Sonhadores;
Apesar do ritmo e estética um pouco datados, a construção do clima e das personagens, a relação construída entre seres e espaço.
O vazio existencial X o vazio do deserto (tema que também presenciei recentemente no livro No teu deserto do português Miguel de Sousa Tavares), se aprofundando em temas como casamento, companheirismo, fidelidade, desejo, traições, ambições, sonhos, objetivos...
E principalmente, uma reflexão indireta e densa sobre a falta de tudo isso, um filme sobre o tédio, sobre perdas de nem se sabe o que, sobre a aridez existencial... (em abordagem, como sempre, repleta de feminilidade, delicadeza e poesia)
Sensação angustiante no sentido mais profundo da palavra. De difícil e longa digestão... Pra ruminar por muitos dias (semanas, meses, anos) e crescer como só o grande cinema é capaz.
E aguardemos o próximo - que já está a caminho!
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