O até então pouco conhecido diretor francês Michel Hazanavicius parece ter caído na graça do público e da crítica, seu último filme lançado no Brasil, O Artista, recebeu dez indicações para o Oscar em 2012.
A história é simples e singela: um grande astro do cinema mudo hollywoodiano não se adapta ao cinema sonoro e decai enquanto uma fã, que surge no mundo cinematográfico com sua ajuda, deslancha a carreira e se torna uma grande estrela.
Momentos divertidos e bem construídos, com um bom elenco e bela trilha sonora, porém sem o ritmo necessário.
Talvez o roteiro tente ser fiel demais à época a que retrata e não dialoga de maneira tão próxima com seu público do século XXI. Até o clássico de 52, Cantando na Chuva, parece ser mais atrativo e envolvente.
Michel parece ter ambições psicológicas de abordar crises de um artista com relação à fama, ego, sucesso, identidade...
Mas esse conflito é colocado logo no início e não há um crescente tão profundo e enriquecedor, não há muitas especulações e não há novas questões agregadas, o conflito parece ficar se rodeando nas mesmas questões, mesmas ameaças e mesmas saídas.
Resulta em um bom filme, mas um pouco cansativo, aquém do que o artista Michel Hazanavicius parece capaz de fazer...
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