quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Rebobine, por favor (be kind, rewind) - Gondry


Gênio do mundo do videoclipe, com grandes obras criativas e estéticas 

(de artistas como Björk e Chemical Brothers), de vez em quando Michel Gondry também se aventura pela sétima arte.

Por exemplo com o hit (até excessivamente cultuado) Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças (comentado aqui), no qual explorou além de seu talento visual, sentimentos e pensamentos profundos e abstratos em uma narrativa bem estruturada e envolvente.



Esse histórico foi o que me levou a ver - mesmo que tardiamente - Rebobine, por favor, ou no original: Be Kind, Rewind.

A sinopse tem algum atrativo criativo já que após as fitas de uma locadora serem desgravadas (por uma "desmagnetização" acidental), há um grupo recriando clássicos do cinema-pipoca americano, 


E tem como protagonista Jack Black, que costuma desempenhar muito bem seus papéis nerds-humorísticos (como em Alta Fidelidade e Escola de Rock)

Entretanto o filme é bastante pobre, não só as recriações extremamente toscas, que parecem literalmente brincadeiras juvenis, mas também o "filme por trás do filme".


As histórias desses "pretensos cineastas" são simplórias, seus conflitos pouco envolventes, suas personalidades pouco carismáticas e as premissas pouco críveis e um tanto gratuitas.

O que poderiam ser duas horas de entretenimento-pipoca, acabam mais como um chá-morno-enfadonho.


Faltaram justamente as principais qualidades de Gondry: criatividade (pois o nonsense parece mais uma piração amadora) e estética.


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