O diretor marroquino Philippe Faucon que já havia trazido outros filmes com protagonistas femininas, como Samia e Dans le Vie, agora nos traz Fátima.
A história da mulher que vive na França e tem que se desdobrar para enfrentar os preconceitos contra sua cultura árabe e para educar as duas filhas (tanto adaptá-las ao estilo de europeu, quanto manter o respeito pelas origens).
O filme acompanha esse cotidiano, sem grandes atos mirabolantes, cenas trágicas ou questões externas:
As dificuldades dela de se adaptar a uma nova língua e alfabeto, o desafio da filha de não poder decepcionar a dedicação da mãe aos seus estudos, a rebeldia daquela que não se sente acolhida pela nova cultura e nem pertencente da de sua mãe, a exploração aos imigrantes etc.
Nos faz lembrar o nosso Que horas ela volta? - também comentado aqui - no qual a mãe vive a desigualdade de classes e se sujeita a injustiças que começam a ser percebidas e questionadas pela geração futura.
Sem o humor e com questões culturais mais complexas, Fátima também nos aproxima dessa mulher e nos provoca diversos sentimentos e reflexões.
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