Bellocchio é um dos cineastas italianos contemporâneos mais atuantes, só nessa década além de curtas e documentários, dirigiu nove longas-metragens como Irmãs Jamais, Vencer, e A Bela que dorme - comentados aqui - ou o mais recente: Belos Sonhos.
Mais uma vez com elementos biográficos, mas dessa vez emprestados do romance de Massimo Gramellini, Bellocchio traz as lembranças de um homem sobre sua infância e as descobertas de fantasmas do passado.
Uma história rica e bem ilustrada, mas que um protagonista muito pouco carismático não nos deixa aproximar.
Mesmo com o filme começando com sua versão menino, nem isso se torna atrativo, já que esse protagonista nunca é dono de suas rédeas, de seus desejos, e nem mesmo de suas dúvidas.
Talvez exatamente isso que Bellocchio quisesse buscar, já que há uma riqueza muito grande em traumas ocorridos na infância e as versões que são contadas às crianças.
Mas fica faltando a convulsão latente e o transbordamento das descobertas, o encaminhamento tão sóbrio dos acontecimentos faz com que o filme fique aquém de suas possibilidades.
Mas fica faltando a convulsão latente e o transbordamento das descobertas, o encaminhamento tão sóbrio dos acontecimentos faz com que o filme fique aquém de suas possibilidades.
Um interessante panorama de uma época e uma rica premissa, mas que poderiam nos envolver bem mais (ainda mais se tratando de Bellocchio e seu grande talento narrativo...Aguardemos o próximo então!).
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