Tata Amaral segue em sua investigação sobre os anos de chumbo brasileiros.
E agora em Trago Comigo, Tata dá sequência à narrativa construída para uma série televisiva e a transforma também em longa-metragem.
As lembranças e depoimentos de pessoas que foram presas e torturadas durante a ditadura servem não apenas de inspiração para personagens fictícios, mas também como pontuações documentais ao longo do filme.
Talvez aqui valesse uma elaboração que integrasse mais as duas linguagens, mas a opção foi pela secura e dureza do conteúdo.
Na ficção o roteiro (trama e diálogos) também tem opção bastante didática: um diretor de teatro relembra seu passado, reconta a jovens atores e junto com eles constrói uma peça autobiográfica.
Para isso a linguagem ora parece de ficção, ora de documentário, e conta ainda com linguagem teatral e um dinamismo videoclípico de fotografia e montagem.
O resultado é um filme simples e funcional no qual um dos principais destaques é a interpretação de Carlos Alberto Riccelli.
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