O documentarista chileno Patrício Guzmán ganhou destaque com sua cobertura do golpe chileno em 1973 na trilogia de:
A Batalha do Chile (A Insurreição da Burguesia, O Golpe de Estado e O Poder Popular.
A Batalha do Chile (A Insurreição da Burguesia, O Golpe de Estado e O Poder Popular.
Guzmán fez uma intensa documentação do momento histórico, começando pelas eleições e pela agitação popular;
Passando pelas principais decisões e crises do governo de Salvador Allende, a oposição vivida no Congresso;
A movimentação sindical, os acordos internacionais etc.
O que pareceu começar como um registro da polarização do país, se tornou um dos mais fortes documentos do que se tornou uma espécie de guerra civil, até o assassinato do presidente Allende e a consagração do golpe.
Ali se deu o início de uma das ditaduras mais duras da América Latina, que foi de 1973 a 1990, sob o comando de Augusto Pinochet.
A Batalha do Chile só foi lançado dois anos depois do golpe consumado, mas teve grande repercussão internacional, sendo considerado um dos melhores documentários de sua época.
O filme começa despretensioso sem imaginar as proporções do que iria acontecer. Mas aos poucos as imagens vão ganhando uma narração cada vez mais consistente e que acaba por tomar um partido para reportar os acontecimentos ao lado do povo.
Guzmán é bastante sóbrio e didático e acaba resultando em um filme potente e envolvente.
Um épico documental que vale a pena ser revisitado, principalmente em momentos de intensidade política.
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