

Porém em Enquanto somos jovens Baumbach parece ter se perdido.
O conflito é muito interessante: um casal de meia-idade (vivido por Ben Stiller e Naomi Watts) que se vê em crise entre não se sentir nem tão "gente grande" bancando todas as responsabilidades, nem tão jovens para aceitar todas as novidades e fazer tudo com frescor.
Assim eles vão se dividindo entre situações com os amigos de sua idade e um casal de jovens que acabam de conhecer e que começam a acompanhar.
Baumbach aproveita para listar todas as situações cômicas possíveis nessa intercalação, mas o resultado é uma sucessão de estereótipos e preconceitos,.


Seja Naomi Watts aprendendo hip hop ou sua amiga levando seu nenê a uma aula de iniciação musical que parece um programa frenético de TV, algo como "Xuxa para baixinhos" com um nenê de colo.
O filme se perde ainda numa discussão de criatividade pra falar sobre a relação das diferentes gerações com a autoria: o que se cria, o que se transforma, do que se apropria, o que se assina?

Começamos o filme sendo cativados e instigados por todos, mas terminamos com a sensação de personagens rasos e, ao contrário do que se espera (até pelo elenco), bem sem graça.
A temática, situações, tipo de cena, todo repertório de Baumbach está ali, mas sua abordagem dessa vez se perdeu... Que ele volte à sua jovialidade e frescor, mesmo que ele mesmo já não esteja assim tão jovem...
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