O iraniano Hossein Amini começou sua carreira há 25 anos atuando principalmente como roteirista, em filmes como Drive.
Agora Amini se arrisca também na direção em As duas faces de janeiro.
O filme é baseado no livro de Patricia Highsmith, que já tinha tido livros adaptados como O Talentoso Ripley.
A trama de As duas faces de janeiro começa bastante instigante: um jovem americano, vivido pelo pouco conhecido Oscar Isaac, trabalhando como guia turístico na Grécia e vivendo de pequenos trambiques.
Em suas guiadas conhece o casal Macfarland: Chester, vivido por Viggo Mortersen e Colette vivida por Kirsten Dunst, a quem se liga irremediavelmente.
Primeiro em certo interesse que não se sabe ao certo se é pela garota ou pelo que no homem o faz lembrar de seu próprio pai.
Depois ao tentar livrar-los de uma perseguição da polícia por crimes que Chester cometeu.
Depois ao tentar livrar-los de uma perseguição da polícia por crimes que Chester cometeu.
As paisagens, o carisma dos personagens e o diálogo começam com ritmo e nos cativam, porém aos poucos a trama para de se desenvolver.
A relação entre os personagens se torna policialesca e as questões psicológicas (desejo, ciúmes, traição, identificação pai/filho, duplicidade etc), colocadas não tem profundidade e nem sempre justificativa.
Ficam ações a serviço de uma trama, com personagens que vão se mostrando cada vez menos profundos e até com fragilidade de verossimilhança.
Assim a segunda metade do filme se arrasta até chegar ao final sem graça e pouco revelador. Uma pena.
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