A diretora francesa Mia Hansen-Løve traz em seu último filme, Adeus, Primeiro Amor, uma temática que lhe deve ser próxima e íntima: o primeiro amor e as descobertas da juventude.
Próxima e íntima ao tema, tanto por seu sobrenome, como por sua idade - Mia tem apenas 30 anos, apesar desse já ser seu 3o longa! (a foto de Mia ao lado foi aos 18 anos, quando entrou no mundo cinematográfico)
Por isso a diretora parece à vontade para trabalhar a história comum de uma adolescente completamente entregue ao seu primeiro amor.
A intensidade do sentimento é tanta que ela se perde em medos e angústias, principalmente após o namorado partir em busca de aventuras pela América Latina, a deixando.
Camille, vivida pela carismática Lola Créton, sofre à exaustação, mas toca a vida. Mesmo com as notícias cada vez menos frequentes e menos carinhosas do namorado, Camille não perde as esperanças e se dedica aos estudos.
E, assim como na vida real, os lutos dos relacionamentos tem fim, e não só Camille começa uma nova vida, tem bons resultados nos estudos, um promissor início de carreira, como acaba se envolvendo com outro homem.
Os méritos desse tema clichê estão na simplicidade da abordagem, no elenco, nos diálogos e em algumas reviravoltas surpreendentes, trilha sonora interessante...
O filme peca um pouco por não dar um tempo maior à contemplação, que poderia nos aproximar mais das personagens.
Há cortes incessantes e as personagens nunca aparecem paradas, estão sempre andando, se movimentando, sentando, levantando... Nem mesmo quando relaxam ou conversam, pois no segundo seguinte já tem uma ação, o que nem sempre combina com o interior delas...
Assistir a filmes de outras culturas sempre nos deixam na dúvida se está verossímil ou se não está exagerado ou se apenas faz parte daquele universo e do ser diferente...
Diferente, mas no caso, impossível também não se identificar... Confira o trailer, o filme e "volva un poco a los 17"...
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