O polonês Pawel Pawlikowski começou sua carreira cinematográfica como documentarista e mais recentemente passou às ficções.
Porém a fonte de inspiração de seu último filme, Ida, vem de histórias reais. Aqui, Pawel conta a busca de uma órfã sobre suas origens.
A jovem está prestes a fazer votos e se tornar freira quando é incentivada a procurar parentes para uma espécie de despedida, porém o encontro se torna um momento para abrir portas e não fechá-las.
A parente que encontra é uma mulher independente e solitária, que serve ao governo comunista polonês. A mulher parece viver sua vida tentando esquecer o passado trágico do holocausto, mas a presença da jovem a fazem se motivar para pesquisar o passado.
As personagens parecem buscar reconciliações com esse passado, mas os traumas vão se revelando inconciliáveis.
A maneira econômica e precisa como Pawel constrói a história é especial, não só pela fotografia PB e em enquadramento não convencional, mas pelo roteiro e apresentação das personagens.
Apesar da temática já extremamente explorada pelo cinema, ele ainda consegue trazer frescor à narrativa.
E o resultado é um filme intimista, delicado e profundo ao mesmo tempo, merecedor de reconhecimento e prêmios, Oscar, Bafta, European Film Awards, Toronto, entre outros.
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