O diretor americano Steve McQueen tem uma longa lista de curtas em sua carreira, por aqui ficou mais conhecido por seu filme anterior, Shame.
Agora lança 12 anos de escravidão, vencedor de três oscar (filme, roteiro adaptado e atriz coadjuvante)
McQueen adaptou a história verídica de Solomon Northup, um negro que vivia livre em NY e é capturado por caçadores de escravos fugitivos.
A partir daí é levado para trabalhar em fazendas e é privado de sua vida (casamento, família, trabalho), sem conseguir se explicar ou fugir.
Faz lembrar o excelente conto de Gabriel Garcia Marquez, Só vim telefonar, que também fala sobre mal entendidos que não podem ser contornados e chegam a ser surreais de tão absurdos.
Filme muito bem feito (fotografia, arte, música...), mas numa abordagem um pouco burocrática, sem muitas nuances de personagem, sem muita dramaticidade ou complexidade. O personagem forte, racional, quase calculista acaba dando o tom mais frio do filme.
Dividido entre bonzinhos e malvados, o filme não chega a uma profundidade suficiente para um envolvimento maior.
Instigam mais as histórias das coadjuvantes, mas que não chegam a ser tão exploradas (por exemplo as mulheres que se sujeitam ao sexo com os patrões para terem benefícios).
Vale o registro histórico, a trama razoável e as qualidades técnicas.
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