Karim Ainouz teve sua estréia em longas-metragens com o vigoroso Madame Satã, seguido do poético O Céu de Suely.
Teve também incursões pela TV e flertes com o documentário, como no híbrido Viajo porque preciso, volto porque te amo - já comentado aqui.
Agora estréia Abismo Prateado, baseado na canção Olhos nos Olhos de Chico Buarque.
Aqui a história de Violeta (vivida por Alessandra Negrini) que tenta assimilar um recado deixado por seu marido de ter a abandonado.
O filme começa apresentando as personagens de maneira misteriosa e intimista, em enquadramentos próximos e sem muitos diálogos e informações.
Começamos pelo conflito do marido, mas logo ele é totalmente abandonado e nos voltamos para a esposa.
Começamos pelo conflito do marido, mas logo ele é totalmente abandonado e nos voltamos para a esposa.
Porém a narrativa contida nem sempre funciona, muitas vezes as ações parecem sem motivações, atropeladas ou superficiais.
As transformações pelas quais Violeta passa não se aprofundam como na música, mas temos belos momentos dessa construção. Em um frescor e originalidade raros.
Principalmente pela decupagem, fotografia, montagem e algumas cenas de força e realismo - como o encontro de Violeta com uma menina.
Belas cenas mas num resultado irregular.
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