Despontado em Hollywood com o sucesso de Boogie Nights e Magnólia, Paul Thomas Anderson se destacou mais recentemente com Sangue Negro e agora O Mestre.
Paul Thomas Anderson faz sucesso conseguindo agradar um público mais popular e também cinéfilos.
Ainda assim, está longe de ser unânime: com filmes longos e por isso muitas vezes cansativos; cheios de pretensões psicológicas que nem sempre se desenvolvem; com questões complexas mas que muitas vezes buscam dar respostas universais e edificantes; Anderson para muitos pode soar raso e arrogante.
Com O Mestre, por exemplo, Anderson traz diversos temas: crise daqueles que passaram por uma guerra e se vem em certo vazio (como trabalhou Coppola na obra-prima Apocalipse Now, já comentado aqui).
Tematiza também o confronto da busca pela verdade, pela profundidade, genuinidade e espontaneidade do ser contra as máscaras sociais (que Anderson já havia trabalhado no ótimo Embriagado de Amor).
(protagonista gauche que também nos remete a obras como O Apanhador do Campo de Centeio, de J.D. Salinger; autores como Bukowski ou Kerouac (recentemente adaptado para o cinema por Walter Salles como já comentado aqui);
Ou ainda a filmes maravilhosos como Meu nome é Joe, de Ken Loach ou Os Idiotas de Lars Von trier).
Ou ainda a filmes maravilhosos como Meu nome é Joe, de Ken Loach ou Os Idiotas de Lars Von trier).
O gauche e a relação com seu "mentor": diversas questões existenciais e os contrastes entre aquele tido como desajustado e outro como um mestre (inspirado em L. Ron Hubbard - fundador da Cientologia).
Em interpretações marcantes do excelente Philip Seymour Hoffman e de Joaquin Phoenix (em grande trabalho de gestos e expressões mas que beiram o estrionismo) - ambos elogiados e indicados ao Oscar 2013.
Em interpretações marcantes do excelente Philip Seymour Hoffman e de Joaquin Phoenix (em grande trabalho de gestos e expressões mas que beiram o estrionismo) - ambos elogiados e indicados ao Oscar 2013.
Bem dirigido, com cenas precisas, em que nos vemos tragados por esses personagens. Mas para aqueles que não se envolvem com a narrativa o filme acaba se perdendo e esses momentos se diluem.
Anderson parece ter mais complexidade e se sair melhor quando se leva menos a sério, quando seus mentores tem o tom irônico da personagem de Tom Cruise em Magnólia;
Ou quando tem a singeleza da personagem de Adam Sandler em Embriagado de Amor.
Dessa maestria atual, lhe faltam apelos para mais seguidores...
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