O jovem e experiente diretor argentino, Pablo Trapero, segue com mais um exemplar de seu cinema sensível e comprometido.
Elefante Branco foi o apelido que ganhou a construção de um enorme hospital na Argentina, iniciada nos anos 30 e nunca terminada. Foi então invadida se instalando uma grande e complexa comunidade (semelhante a nossas invasões a prédios como o São Vito).
É sobre essa comunidade que trata o filme, a partir do ponto de vista do padre - vivido por Ricardo Darín;
Elefante Branco conta, baseado em fatos reais, as dificuldades com condições de higiene, saúde e, principalmente, com drogas/tráfico e política: a responsabilidade pelos problemas, administração de recursos, corrupção, etc.
Lembra exemplos brasileiros como Cidade de Deus. Entretanto Trapero não adota o tom épico usado por Meirelles, que funciona tão bem para dar essas dimensões amplas e complexas.
Trapero quer se manter no tom dramático e intimista (como havia feito em seu filme anterior, Abutres - já comentado aqui).
O filme começa com o conflito do padre diante de doença grave, mas logo entram questões de celibato, castidade, vocação, cansaço físico e psicológico de todos os assistentes, frustração diante de ideais, etc.
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