Cineasta de verdadeiras obras-primas como Paris Texas (já comentado aqui) e Asas do Desejo, Wim Wenders também é talentoso e sensível no olhar para outrens e em suas homenagens...
Fez um belo trabalho em Buena Vista Social Club e surpreende agora em seu filme-homenagem, filme-dança, tecnologia-arte, poesia: Pina.
Fiel ao dar "voz" aos gestos da conterrânea Pina Bausch, ao expressar seus sentimentos profundos, sua visão de mundo, seus conceitos abstratos traduzidos em movimentos...
O filme é simples, traz depoimentos em uma elegante voz over.
(Na imagem um retrato das pessoas em movimento, e no áudio as declarações como que vindas de pensamentos, sem sair dos lábios vistos na tela).
(Na imagem um retrato das pessoas em movimento, e no áudio as declarações como que vindas de pensamentos, sem sair dos lábios vistos na tela).
E traz principalmente as coreografias. Sem muita decupagem ou movimentos de câmera, Wenders empresta um olhar contemplativo e sem muita intervenção.
E ainda explora o recurso novo do 3D para dar mais vida às danças. O balé de Pina em três dimensões (para não dizer em outras tantas mais).
Pina é pontual, sem outras pretensões que não mostrar o trabalho e expressão de Pina Bausch e seus parceiros de companhia, fundamental para quem gosta das artes do corpo.
Mas também extremamente rico para quem busca outras "formas" de entendimento, expressões mais etéreas e indiretas de pensamentos, sentimentos e poesia...
Há drama, humor, dor, perplexidade...
Riso, emoção, fraternidade, doçura, agressividade, questões político-sociais, metafísica...
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