sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Uma Casa para o Natal de Bent Hamer

Apresentada pela Mostra Internacional de Cinema ao diretor  norueguês Bent Hamer, o primeiro filme que vi de sua autoria foi o interessante Histórias de Cozinha.

Filme de tom seco e humorado, trazia história não mto realista de experimentos científicos em uma cozinha. Mas acaba indo além  ao mostrar por trás temperos humanos das personagens.


Anos depois vi outro com tom bem mais pop: Factotum - com um dos queridinhos do cinema "independente" americano Mat Dillon encarnando Bukowski. Mas sem ser tão fã de Bukowski, nem de Dillon e com uma narrativa pouco criativa, minha resposta ao filme foi bem morna...

Eis que então numa nova Mostra vem Uma Casa para o Natal.

Filme multiplot típico: personagens meio solitários, desencontrados, errantes... O "clássico": "cada um na sua, mas com alguma coisa em comum".

E a construção é bem feita: desde crianças enfastiadas, passando pelas melancólicas, adultos frustrados, despedaçados...

Narrativas construídas aos poucos, em silêncios nórdicos, imagens bonitas, situações envolventes... Mas faltava algo...

E a liga vem da pior maneira... Assim como a chuva de sapos que me frustra em Magnólia, aqui vem uma aurora boreal belíssima, mas beirando o brega e o pior é que ela vem acompanhada de uma música muito melosa que estraga qualquer rabanada ou panetone...

Se Uma Casa para o Natal se contentasse com o corriqueiro e mais humano, mereceria mais presentes e elogios do Papai Noel...

No caso, acabou me desanimando e deixando com a sensação de que poderia ser melhor (principalmente sem os 5 minutos finais).

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