Cineasta inquieto, aqui, Herzog aproveita uma história verídica de um homem que foi encontrado depois de anos de claustro, sem que nunca tenha tido contato com nenhuma sociedade nem nenhuma língua...
Vemos então um homem descobrir o mundo c/olhos bem particulares:
às vezes com a pureza de uma criança, às vezes com a dor de um exilado, às vezes com a angústia de um "gauche", às vezes com a ansiedade de recuperar o tempo perdido, às vezes com o desespero de fugir de tudo e de todos...
Alguns lhe acolhem, outros lhe estranham...
Alguns têm muita paciência, outros nenhuma...
Situações de tensão até chegar a um clímax...
E fica a reflexão: afinal, o que é normal, o que temos ou não temos que desenvolver... O cérebro desse homem era desequilibrado por não ter desenvolvido a fala ou o convívio em sociedade, mas aqueles que vivem em coletivos sabem agir como tal?
Ver o filme hoje não tem muito frescor pela imagem, mas talvez tenha mais profundidade pelos questionamentos que podemos fazer em um tempo de big brothers e Josefs Fritz...
Talvez por isso tenha vindo também o precioso Old Boy do coreano Chan-Wook Park. Esse tb vale a pena!!! E como!!!
Conhecer ao outro para conhecer a ti mesmo...
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