quarta-feira, 3 de março de 2010

A Fita Branca

Sentimentos profundos. Personagens densos. Conflitos psicológicos. Filmes transtornados.
Mais uma vez Haneke explora esses elementos de seu repertório e imaginário com maestria.

Aqui um laconismo, uma elegância preto e branca, uma suavidade pesada.
O silêncio que antecede tragédias em filmes de suspense parecem perdurar por esse filme do início ao fim.

Acompanhamos a história de moradores em uma pequena vila alemã na primeira metade do século passado... O cotidiano, a moral, a religiosidade... Tudo ali em pequenos detalhes, de forma simples e ao mesmo tempo tão complexa pra tantas interpretações do sentido pré-guerra de tudo aquilo.

E sim.
Mas não como a tese que tantos querem pregar, mas como o mais puro cinema.
Vale a pena.
Mais uma vez Haneke.



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