A diretora britânica Sarah Gavron aproveitou uma passagem muito interessante da história da Inglaterra para construir suas personagens e uma narrativa que diz respeito a todo o mundo e segue atual: os direitos das mulheres.
No início do século XX, com a intensificação da industrialização e participação cada vez mais ativa da mão de obra feminina, seus direitos e deveres começaram a ser questionados e cobrados.
E para reivindicar melhorias nas condições de vida e terem elas aprovadas como leis, fez com que uma das primeiras pautas fosse o direito ao voto.
E o filme coloca como protagonista uma mulher comum e não politizada e militante, exatamente para mostrar como a luta deveria envolver e afetar a todas.
A construção narrativa é bem clássica, tanto nos aspectos técnicos quanto nos dramatúrgicos: acompanhamoso cotidiano dessa mulher, seu envolvimento na luta quase por acaso, as dificuldades de seu dia-a-dia e sua busca por melhorias e conquente aproximação com o movimento sufragista.
A árdua jornada de trabalho, a defesa pelas colegas, o preconceito dos vizinhos, do marido, as consequências por seu envolvimento na luta - expulsão de casa, prisão, afastamento do filho...
E no final a conquista do voto feminino e a assustadora notícia de quão tarde esse direito foi conquistado no resto do mundo (ou que ainda está sendo).
Nenhum comentário:
Postar um comentário