Figura carismática, polêmica, transgressora, manipuladora e talentosa, Michael Moore é um cidadão crítico e irreverente. Com um olhar ácido sobre as injustiças ao seu redor, aproveita sua língua ferina para criar discursos e narrativas de esclarecimento e denúncia em linguagem audiovisual (seja no cinema, na TV ou nas livrarias).
Abordando desde grandes temas como a violência norte-americana - Tiros em Columbine, o envolvimento dos EUA em guerras - Fahrenheit 9/11, até questões pontuais como o sistema de saúde americano - Sicko.
Em Onde será a próxima invasão, Moore faz um pout-pourri de questões que o incomoda nos EUA - também entendido como um dos principais representantes do sistema capitalista.
Basicamente as questões se relacionam com a falta de assistência social às pessoas: trabalho exploratório, falta de descanso, direito à alimentação, educação, moradia e mesmo à redenção diante de erros, fraquejos e crimes.
Num giro pela Europa, Moore entrevista pessoas sobre esses tópicos e faz comparativos com os EUA, mostrando as vantagens de iniciativas de bem estar social da Itália, Portugal, França, Alemanha, Finlândia, Islândia...
Como sempre, Moore não nega sua abordagem tendenciosa e manipuladora (ele não relativiza nem faz nenhum questionamento aos exemplos que apresenta, por exemplo), o que pode incomodar a muitos.
Mas por outro lado é muito mais honesto que grande parte dos documentários que posam de "imparciais" mas que sempre vão conter uma opinião e um ponto de vista.
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Moore pode ser cansativo em seus apelos, mas é efetivo: nos provoca, incomoda e suscita diversas reflexões, valem a pena as cutucadas (esta disponível pelo Netflix)
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